Vila João Pessoa - Histórico

                O bairro foi criado pela Lei 2.022 de 07/12/59. Possui uma área de 84ha e, de acordo com o último Censo, a população está distribuída em 125hab/itantes por hectare. Seus limites atuais por bairros são: o bairro Partenon, São José e Cel. Aparício Borges. Já seus limites por rua são: Av. Outeiro da esquina da Av. Bento Gonçalves até a Av. Veiga; desta até a Av. Rocio; desta até seu ponto terminal e daí por uma linha reta, na direção norte/sul, seca e imaginária, até o extremo sul do Arroio do Moinho; por este arroio, direção sul/norte, até a Rua Angelo Barcelos; deste ponto até encontrar a junção da Rua 20 de Dezembro com a Rua Dona Firmina; desta até a Rua 26 de Dezembro e daí até a Av. Bento Gonçalves, seguindo na direção leste/oeste até a Av. Outeiro.

                A Vila João Pessoa é caracterizada nos livros sobre a história de Porto Alegre como o primeiro núcleo suburbano desenvolvido na Capital. Seus primeiros moradores chegaram no local de forma muito discreta, em torno da década de 1940. Após estes primeiros assentamentos, houve um grande movimento em direção a Vila, situação que logo foi colocada como problema para os urbanistas de Porto Alegre. 

                “Mas como as terras, de um modo geral devolutas, pertenciam ao patrimônio imobiliário da prefeitura, o assunto desenvolveu-se dentro dum feliz clima de solução, tendo, todavia, a vasta região da encosta do Morro São José se transformado numa pitoresca e colorida vila municipal”. (SANHUDO, p.132).

                Este bairro desenvolveu-se às margens do arroio Moinho, afluente do Arroio Dilúvio e da avenida Bento Gonçalves. Com sérios problemas de poluição, o Arroio Moinho é, atualmente, uma fonte de propagação de vários tipo de doenças, prejudicando, também, as condições de moradia.. A inexistência destas políticas contribui para a falta de saneamento, situação que se agrava com a falta de instrução sobre a necessidade de preservação ambiental. Pelas características descritas do local, percebe-se que os grandes planos de urbanização que atingiram Porto Alegre, na década de 30, não atingiram estes locais.

                Apesar de ser considerada a primeira vila “oficial” de Porto Alegre, a Vila João Pessoa logo foi perdendo seu posto para outras aglomerações populacionais que se formaram, graças ao desenfreado desenvolvimento urbano da cidade. Em sua grande maioria sua população vive à margem da sociedade, ou seja, não possui emprego fixo, sobrevivendo da arrecadação do lixo (papelão, garrafas plásticas, latas, etc). Estas inúmeras favelas que podemos encontrar na cidade, não são uma exclusividade de Porto Alegre: pertencem na realidade, a um contexto mundial de alta concentração de renda e exclusão social.

Fonte: História dos bairros de Porto Alegre